Brasília – Com uma forte alta de 37,7% nas exportações e um robusto crescimento de 25,9% nas importações entre os meses de janeiro e junho, a corrente de comércio (exportações+importações) entre o Brasil e a China devem superar com ampla margem a cifra de US$102,5 bilhões registrada em 2020 e encerrar este ao com um volume de trocas superior a US$ 120 bilhões, um marco expressivo na história do comércio entre os dois países.
No primeiro semestre, as exportações brasileiras para o principal parceiro comercial do país em todo o mundo totalizaram US$ 46,747 bilhões, com uma participação chinesa de 34,4% no volume global exportado pelas empresas brasileiras no período. Em 2020, essa participação foi de 32,4%.
No tocante as importações, a China foi responsável por 21,7% do conjunto de bens adquiridos pelas empresas brasileiras no exterior, no valor de US$ 21,507 bilhões. Em termos de participação nas importações, foi registrada uma ligeira queda ante 21,9% registrados no ano passado.
Dados da Secretaria de Comercio Exterior (Secex) do Ministério da Economia mostram que no primeiro semestre deste ano a corrente de comércio sino-brasileira teve uma alta de 33,8% comparativamente com o mesmo período de 2020. A balança comercial bilateral proporcionou ao Brasil um superávit de US$ 25,241 bilhões, contra US$ 33,010 bilhões registrados em todo o ano passado.
Mesmo com o forte avanço no volume exportado para a China, o comércio bilateral segue marcado, do lado brasileiro, por uma forte concentração nos produtos básicos, de menor valor agregado. Apenas três produtos -soja, minério de ferro e petróleo bruto- responderam por 83% de todo o volume embarcado para o país asiático.
Com vendas no valor de US$ 17,13 bilhões, a oleaginosa teve uma participação de 37% na exportações totais para a China, seguida pelo minério de ferro (US$ 13,3 bilhões e participação de 29%), e pelo petróleo em bruto (US$ 7,9 bilhões de receita e participação de 17% nas vendas totais aos chineses).
Outros produtos importantes nas exportações para a China foram a carne bovina (US$ 1,97 bilhões e uma fatia de 4,2% nas exportações aos chineses) e celulose (US$ 1,35 bilhão, correspondentes a um percentual de 2,9% nos embarques totais para o país asiático).
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