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Postado em 15/07

Brasília – A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgou hoje (14) sua  Revisão da Balança Comercial para 2021 e projeta um superávit de US$ 68,01 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 270,052 bilhões e importações da ordem de US$ 202,051 bilhões. A corrente de comércio (exportações+importações) foi estimada em US$ 472,103 bilhões.

Os números anunciados pela AEB divergem frontalmente das projeções divulgadas no dia 1º. de julho pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Fazenda, que previu um megassuperávit comercial para 2021, no total de US$ 105,3 bilhões, cifra que o presidente da Associação, José Augusto de Castro, considerou “praticamente impossível de se atingir”. 

A projeção divulgada nesta quarta-feira pela AEB praticamente coincide com os números anunciados no início deste mês pelo Banco Central (BC), que trabalha com a possibilidade de o País fechar 2021 com um superávit comercial de US$ 68,8 bilhões, segundo dados do Boletim Focus, elaborado por um grupo de instituições financeiras consultadas pelo BC.

Ao divulgar a Revisão, a AEB destacou que “a economia e o comércio mundial continuam sendo impactados, direta e indiretamente, pela pandemia do Covid-19, provocando em 2021 mudanças bruscas de cenários e projeções, tanto decorrentes de fatores externos como internos, afetando os dados de exportação e importação”.

Além disso, destaca a entidade, “a dessincronização  observada entre oferta e demanda de insumos e produtos no mercado mundial, aliada aos problemas observados no transporte marítimo, com redução de rotas, falta de contêiner e forte elevação do frete, constituem fatores que contribuem para as oscilações”.

De acordo com a AEB, apesar desse cenário marcado por mudanças bruscas, as cotações das commodities estão alcançando elevados patamares, beneficiando diretamente o Brasil, que vê suas receitas de exportações atingirem recordes.

A Associação sublinha que o Brasil permanece mantendo elevada dependência das exportações de commodities, com os produtos manufaturados continuando a sofrer forte impacto negativo decorrente da falta de competitividade provocada pelo elevado Custo Brasil.

Consideradas todas as variantes e sob os mais diversos cenários, a AEB projetou para este ano exportações de US$ 270,051 bilhões, alta de 28,7% em relação ao montante de US$ 209,817 bilhões apurado em 2020, importações no total de US$ 202,051 bilhões, aumento de 27,1% em relação aos US$ 158,930 bilhões alcançados em 2020, e superávit de US$ 68,001 bilhões, elevação de 33,6% em relação aos US$ 50,887 bilhões obtidos no ano passado.

Segundo a AEB, “graças à forte elevação das cotações das commodities, com destaque para minério de ferro, petróleo em bruto e soja em grão, as projetadas exportações de US$ 270,051 bilhões, caso concretizadas, deverão superar o recorde de US$ 256,041 bilhões obtido em 2011. Por outro lado, como consequência da maior expansão das exportações e o menor crescimento das importações, o superávit deverá ser recorde, atingindo US$ 68,001 bilhões, superando o saldo de US$ 67,001 bilhões obtido em 2017”.

Os números divulgados pela AEB revelam ainda que  a corrente de comércio, projetada em US$ 472,103 bilhões para 2021 ficará bem próxima do recorde de US$ 482,292 bilhões, registrado há dez anos.

Finalmente, o estudo elaborado pela Associação projeta importações no valor de US$ 202,051 bilhões, uma cifra ainda distante do recorde de US$ 239,621 bilhões atingido em 2013.

(*) Com informações da AEB

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