Brasília/Changsha – A China fechou o ano de 2020 pelo décimo-segundo ano consecutivo como maior parceiro comercial da África em todo o mundo e essa hegemonia será ainda mais acentuada neste ano de 2021. Nos primeiros sete meses deste ano, o comércio sino-africano registrou um crescimento robusto de 40,5% ano a ano para US$ 139,1 bilhões, cifra recorde para o período. Os dados são do Ministério do Comércio da China.
É nesse contexto de um forte e constante crescimento do intercâmbio bilateral que foi inaugurada no último domingo (26) a Segunda Exposição Econômica e Comercial China-África, revelado um novo potencial de cooperação entre a China e o continente africano.
O evento de quatro dias, termina hoje (29) e está sendo realizado em formato híbrido, online e offline, com o tema “Novo início, novas oportunidades e novos êxitos”, atraiu cerca de 900 empresas de cerca de 40 países africanos e da China, de acordo com os organizadores.
A exposição em Changsha, capital da Província de Hunan, no centro da China, apresenta exposições sobre os frutos da cooperação econômica China-África, commodities de marcas africanas e produtos especiais, como café e nozes. O evento também inclui fóruns de cooperação em áreas como alimentos e produtos agrícolas, indústria da saúde, financiamento, infraestrutura e setor privado.
A exposição tem uma área de exposição total de 94 mil metros quadrados este ano, sendo a Argélia, Etiópia, Quênia, Ruanda, África do Sul e Senegal os países convidados.
“A cooperação econômica e comercial China-África está em um período crítico de transformação, atualização e melhoria da qualidade e eficiência”, disse Wang Bingnan, vice-ministro do Comércio chinês, na cerimônia de abertura.
A organização de uma Exposição Econômica e Comercial China-África bem-sucedida e a construção de uma zona piloto de alto nível para a cooperação econômica e comercial em profundidade promoverão efetivamente a conectividade do mercado China-África e o compartilhamento de fatores e recursos, ao mesmo tempo em que contribuem para estabilizar e facilitar as cadeias industrial e de abastecimento e a construção de um novo padrão de desenvolvimento, acrescentou Wang.
Lançada pela primeira vez em 2019, a exposição é uma plataforma importante para fortalecer a cooperação econômica e comercial entre a China e os países africanos. Entre as novas medidas para promover o comércio bilateral, a exposição deste ano incluiu novos eventos especiais para promover produtos africanos, como o café.
Na África, uma região importante para o desenvolvimento internacional da SANY, a empresa se concentrará em grandes projetos de engenharia e construção de infraestrutura para fornecer produtos com custo-benefício e serviços mais eficientes e perfeitos, disse Liang Wengen, presidente da gigante chinesa de maquinários SANY Group. A empresa sediada em Changsha exportou seus produtos pela primeira vez para a África em 2002 e há muito tempo é líder entre os exportadores chineses de maquinários para o continente.
“A empresa também compartilhará ativamente sua experiência no desenvolvimento da industrialização com empresas africanas, especialmente a experiência da SANY na exploração de manufatura inteligente, para contribuir com mais sabedoria para o desenvolvimento da industrialização e atualização industrial da África”, acrescentou Liang.
Com o apoio da Expo Econômica e Comercial China-África, as pequenas e médias empresas africanas estabeleceram parcerias com empresas chinesas e entraram no mercado chinês, disse o presidente senegalês Macky Sall por videoconferência na cerimônia de abertura da exposição.
Observando que a China e a África juntas constituem um mercado de mais de 2,5 bilhões de consumidores, Sall disse que as duas partes deveriam reforçar as vantagens complementares nos setores agrícola e industrial para otimizar a transferência industrial, bem como a cooperação econômica e comercial.
(*) Com informações da Agência Xinhua
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