A 129a. edição da Canton Fair, a maior feira multissetorial do mundo, aconteceu pela segunda vez consecutiva na plataforma digital entre os dias 15 e 24 de abril e proporcionou a 16 empresas brasileiras a possibilidade de apresentarem cerca de 50 produtos a compradores em potencial não apenas da China mas de todo o mundo. Essa foi a segunda vez que o China Trade Center contou com um estande virtual para expor produtos de empresas brasileiras nesse importante evento.
Segundo o Gerente de Relações Internacionais do Grupo China Trade Center, Henrique Reis, “graças à nossa parceria com a Canton Fair, tivemos uma boa visibilidade na 129ª. edição da feira, pois os seus organizadores divulgaram o nosso estande no período pré-evento, por meio de uma newsletter enviada a compradores de todo o mundo e, além disso, parceiro nosso de longa data, a AfroChamber também divulgou o nosso estande”.
As dezesseis empresas brasileiras presentes virtualmente na Canton Fair apresentaram aos importadores em potencial cerca de 50 produtos, entre eles café, açaí, cachaça, açúcar de rapadura, biscoitos e geleias artesanais, cerveja, utensílios domésticos, itens de decoração e calçados, entre outros.
Henrique Reis faz uma avaliação positiva dos resultados gerados pela participação no evento para os expositores brasileiros. Segundo ele, “em termos de contatos, e por se tratar de uma feira virtual, considero o balanço preliminar positivo, já que apareceram empresas da China, Polônia, França, Chipre e Emirados Árabes Unidos interessadas em alguns produtos brasileiros. Além disso, existe a possibilidade de surgirem mais contatos no pós-feira. Nossa expectativa é de que os contatos em andamento sejam convertidos em negócios para os expositores”.
E o café aparece, na percepção do executivo do China Trade Center como um dos produtos mais promissores na pauta das exportações brasileiras para a China, que desde 2009 é o maior parceiro comercial do Brasil.
Ele se reportou a uma declaração feita pelo embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, durante evento realizado pelo LIDE China, no dia 14 de abril: “o café está conquistando a cada dia os jovens chineses, de maneira que o consumo cresce quase 20% ao ano, muito acima da média mundial de 2% ao ano… Ao Brasil, maior produtor e exportador, basta se valer da estratégia de marketing adequada e o café brasileiro certamente ocupará uma fatia maior no mercado da China”.
Com uma vasta experiência e sólidos conhecimentos sobre as relações comerciais entre a China e o Brasil, Henrique Reis destaca que “o comércio sino-brasileiro segue pujante e mesmo em um ano em meio ao cenário de pandemia, em 2020, a corrente de comércio (exportação + importação) atingiu a cifra de US$101,8 bilhões, um recorde histórico na balança comercial sino-brasileira”.
O executivo destaca que neste início de ano, impulsionada pelas commodities, a relação bilateral segue aquecida e cita como exemplo o fato de que nos meses de janeiro e fevereiro as importações chinesas do milho brasileiro cresceram cinco vezes, comparativamente com o mesmo período do ano passado.
De acordo com Henrique Reis, esse crescimento exponencial na importação da commodity agrícola deveu-se ao fato de que o milho é muito utilizado na alimentação dos porcos na China, que têm sua carne bastante consumida no gigante asiático.
Nos últimos anos, segundo o executivo, “a China sofreu os efeitos da peste suína e a recuperação desse cenário tem levado ao aumento do consumo de milho no país. Isso ilustra como as situações tendem a mudar, proporcionando o surgimento de novas oportunidades de negócios para os produtores brasileiros”.
Nesse contexto, a apresentação de alimentos processados brasileiros, além de outros bens manufaturados, foi um dos focos do estande virtual organizado pelo China Trade Center na tradicional Canton Fair “nosso objetivo foi utilizar o estande como vitrine para os produtos brasileiros serem vistos não apenas por importadores chineses mas de todo o mundo, proporcionando às empresas presentes estabelecerem contatos na expectativa de que quando o atual cenário do comércio mundial mudar e oportunidades surgirem, esses contatos possam ser convertidos em negócios”, concluiu.
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