O Brasil se tornou o maior produtor de petróleo da América Latina. Nas Américas, está atrás apenas dos Estados Unidos e Canadá. De 2016 a 2019, a produção brasileira avançou 11%, enquanto a média mundial subiu 3,3%. “Os países do Oriente Médio estão perdendo importância e os países americanos, entre eles o Brasil, já são os principais fornecedores para os Estados Unidos”, diz Rodrigo Leão, coordenador técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep).
A pesquisa da entidade demonstra que Brasil, Canadá e Colômbia se tornaram agentes importantes da nova geopolítica de petróleo. Segundo estatística da petrolífera bp, de 2016 a 2019, o petróleo produzido no Brasil saltou de 2,59 milhões de barris por dia (bpd) para 2,88 milhões de bpd. O crescimento do pré-sal foi ainda mais expressivo, de 70%, saindo de 1,02 milhão de bpd em 2016 para 1,73 milhão de bpd em 2019, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Pré-sal
Segundo o Ineep, o pré-sal se destacou como umas das maiores reservas de petróleo do mundo. Em sua pesquisa, ele ressalta que estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) projeta que o pré-sal vai contribuir com um acréscimo de mais de 60 bilhões de barris recuperáveis de petróleo, o que posicionaria o Brasil na lista das dez maiores reservas do mundo. Fora do Oriente Médio, essa reserva só fica atrás da Venezuela, Canadá e Rússia.
Além disso, de acordo com o Ineep, o pré-sal está entre as áreas com os menores custos de extração do mundo, próximo a Arábia Saudita, Rússia e Iraque. O campo de Búzios possui baixo risco e custo de extração do petróleo próximo a US$ 3 por barril.
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