As exportações brasileiras de algodão no primeiro trimestre deste ano, de 731,4 mil toneladas, atingiram o maior volume da história, aponta a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), em comunicado divulgado nesta segunda, 12. Os embarques da pluma brasileira avançaram 18% na comparação com os três primeiros meses de 2020, quando o Brasil exportou 619,5 mil toneladas.
“Esse cenário faz com que a distribuição dos embarques de exportação fique mais equilibrada, diferentemente de anos anteriores, quando o volume embarcado representou 70% somente no 2º semestre do ano”, disse o presidente da Anea, Henrique Snitcovski, no comunicado.
A Anea prevê que 54% das exportações totais de algodão da temporada atual tenham sido realizadas no segundo semestre do ano passado e 46% sejam embarcadas no primeiro semestre deste ano. “Essa regularidade (no fornecimento) traz credibilidade e segurança para que indústrias têxteis possam contar com o algodão brasileiro na composição de sua produção”, disse Snitcovski.
Para o acumulado da temporada 2020/21, que começou em julho de 2020 e vai até junho deste ano, a Anea projeta exportações superiores a 2,3 milhões de toneladas embarcadas. Se confirmado, o volume representará alta de 21% na comparação ao exportado no ano safra 2019/2020, quando o Brasil embarcou 1,910 milhão de toneladas da pluma.
“A temporada da safra 2020 está imprimindo o crescimento das exportações brasileiras de algodão e, consequentemente, elevando sua presença em diferentes mercados consumidores, com forte representatividade no comércio global”, afirmou Snitcovski.
No ciclo 2019/20, o país se consolidou como o segundo maior exportador global de algodão, atrás somente dos Estados Unidos, destaca a Anea. A China, maior importador mundial de algodão, segue como o principal destino das exportações brasileiras da fibra. Além do gigante asiático, Vietnã, Paquistão, Bangladesh, Turquia e Indonésia também figuram como os maiores compradores da pluma.
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