Participando do painel Os Caminhos para a Desestatização dos Portos do Sudeste, dentro da programação do Sudeste Export, último dia (20) do fórum que acontece em São Paulo, o presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Julio Castiglioni, defendeu o modelo landlord no processo de desestatização dos portos públicos do país, o que inclui o Porto de Vitória. Segundo Castiglioni, o landlord dá ao gestor concessionário mais agilidade e competitividade na administração portuária, numa parceria entre o público e privado.
Para Castiglioni, essa modelagem de desestatização permite mais liberdade e dinamismo para gerir e tocar os assuntos e os negócios do porto, como acontece nos padrões australiano e europeu. Ele, porém, alertou que não é recomendável importar um modelo estrangeiro sem adequá-lo à nossa realidade social e cultural, “pois pode nos levar ao fracasso”. E acrescentou: “Aqui no Brasil se discute se a gestão é pública ou privada, enquanto o certo seria a preocupação com a competitividade”.
Em seguida, Castiglioni sublinhou os avanços conquistados em um ano e meio de gestão à frente do Porto de Vitória, exemplificando ações que vem resultado em equilíbrio nas finanças e bons resultados operacionais. “Estamos preparando o porto para torná-lo viável dentro do processo de desestatização, que acontece no próximo ano”, finalizou.
O painel foi conduzido pelo advogado Marcelo Sammarco com apresentação de Henry Robinson, presidente do Conselho do Sudeste Export. Além de Castigloni, participaram do debate: Diogo Piloni, secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura; Fernando Biral, diretor-presidente da SPA (Santos Port Authority); Jean Paulo e Silva, da CDRJ (Companhia Docas do Rio de Janeiro); e Mario Lievens, diretor do Porto de Antuérpia.
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